Fachada inteligente: painéis solares giratórios equilibram a geração de energia solar e temperaturas
Uma fachada de edifício “inteligente”, equipada com painéis solares móveis, poderia melhorar substancialmente a eficiência energética das edificações urbanas, de apartamentos e escritórios, além de colaborar com o conforto térmico.
Este projeto de fachada inteligente se baseou em envelopes dinâmicos para painéis solares. A ideia foi desenvolvida e testada em um edifício real e promoveu resultados satisfatórios! A gente apresenta um pouquinho da concepção. Confira!
Os painéis solares não são novidade para nós e vêm sendo instalados em um número crescente de superfícies verticais, especialmente nas fachadas de prédios urbanos altos e envidraçados. Mas, em geral, tais instalações não podem se ajustar às mudanças nas condições climáticas e de luz, dado que estão fixas. Com isso, não há aproveitamento completo da luz disponível.
O ideal mesmo seria seguir o sol, como as plantas fazem discretamente, não é mesmo? Daí derivam os envelopes dinâmicos.
ENVELOPES DINÂMICOS
Arno Schlueter, profissional do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique, junto a uma equipe de arquitetos e engenheiros projetou um “envelope de construção dinâmico” para fazer o melhor uso da luz solar que a edificação recebe.
O sistema inclui painéis solares robóticos, aderidos em uma fachada vertical. Um algoritmo calcula a orientação do painel que fornecerá um equilíbrio ideal de geração de eletricidade, aquecimento passivo, sombreamento e penetração da luz do dia. Sim, os pesquisadores pensaram além da geração de energia, fornecendo também conforto térmico.
Um protótipo instalado em um dos edifícios do próprio instituto foi capaz de gerar até 50% mais energia do que um sistema estático. Os envelopes inteligentes de construção de energia solar provavelmente serão mais eficazes em climas temperados e secos, de acordo com os autores da pesquisa.
Vamos acompanhar e, quem sabe, em breve veremos painéis solares robóticos instalados por aí. Por enquanto, você pode consultar o estudo original, publicado na Nature Energy.
Texto: Kamila Jessie
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