Frente mista em defesa do saneamento básico foi lançada hoje em Brasília
Comitiva do Crea-SP marca presença no evento
Acima, deputado federal Ricardo Izar, deputado federal Coronel Chrisóstomo, ministro Ricardo Salles, eng. Guilherme Del Nero, prefeito de Nova Odéssa Benjamim Bill Vieira de Souza e eng. Valdemir Aparecido Ravagnani
Uma comitiva do Crea-SP, representando o presidente do Conselho, Eng. Vinicius Marchese Marinelli, participou na manhã de quarta-feira (29) da cerimônia de lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Saneamento Básico, realizada no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. O deputado Enrico Misasi (PV-SP), coordenador da frente, lembrou na ocasião que “a combinação do acesso à água potável e ao esgoto coletado e tratado é condição para se obter resultados satisfatórios, não só na luta pela erradicação da pobreza e da fome, mas também na busca da redução da mortalidade infantil e da sustentabilidade ambiental”.
Outro intuito da Frente pelo Saneamento é a aprovação das proposições legislativas que aperfeiçoam a proteção e a gestão dos recursos hídricos, assegurados os ajustes que se fizerem necessários nos textos em discussão no Congresso Nacional.
Participaram do grupo paulista os engenheiros Valdemir Aparecido Ravagnani (membro do GT Fiscalização de Recursos Hídricos do Crea-SP), Neiroberto Silva (inspetor do Crea-SP em Corumbataí) e Guilherme Del Nero (inspetor do Crea-SP em Piracaia), acompanhados do assessor da presidência do Crea-SP, Maurício Pinterich (assessor da presidência do Crea-SP). Também integrou o grupo o engenheiro Renato Muzolon Jr., assessor da presidência do Confea.
Membros da comitiva paulista com o deputado Enrico Misasi
Leia abaixo trechos do discurso do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
“Nós lançamos no dia 22 de março o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar, tema já tratado este ano na reunião da ONU em Nairóbi. Por que esse tema é tão importante? Porque é um dos que mais contribuem para a piora da qualidade das águas do oceano. É uma água que atinge não só a biodiversidade marinha, mas também nossos rios".
“Várias soluções que nós temos pela frente para o problema do resíduo e do saneamento passam pelo investimento privado. O Estado, no sentido amplo da palavra, ou seja, os municípios, os governos estaduais, o governo federal, sozinho não vai resolver o problema. Nós precisamos ter o marco regulatório em todos esses temas que seja convidativo, que seja propício e adequado ao investimento privado. Não adianta nós nos curvarmos aos lobbies das corporações que querem manter seus feudos e querem evitar que haja concorrência e investimento nesse país. Nós precisamos avançar nesse sentido, ter uma visão pró-mercado, com uma regulação, por outro lado, que faça valer os bons princípios da concorrência, os bons princípios da qualidade. Um dos maiores riscos da parte regulatória é algo que o público do Direito já conhece bem, que é a chamada Teoria da Captura, quando o ente regulador é capturado pelo regulado".
“Mas, salvo esses cuidados, é de se louvar, enaltecer, fazer com que aumente a participação para que nós tenhamos uma ampliação do índice de coleta e tratamento de esgoto nesse país. Quando eu vejo os números trazidos para o evento de hoje, apenas 16% da população brasileira têm acesso a água potável, 47% têm coleta de esgoto. Aí, entro com um segundo ponto: a eficiência desse esgoto tratado. Nós também temos que olhar qual o índice de eficiência do tratamento de esgoto".
"De nossa parte vimos trazer aos colegas parlamentares, e a todos que aqui estão, o nosso incondicional apoio, parceria e entendimento para que esse tema tão importante ligado à qualidade de vida, saúde e meio ambiente seja finalmente solucionado no nosso país”.
Produzido pelo Departamento de Comunicação do Crea-SP – DCOM, com informações da Agência Câmara Notícias